25 de jan. de 2009

Procurando as estrelas * Looking for stars

Então procurou as estrelas, despiu as asas e foi a pé, é assim que se apanham boas estrelas.
Apanham-se no reflexo das poças do caminho, no brilho dos olhos de alguns, no sorriso de crianças. E guardam-se no coração, o único lugar que as mantem vivas.

Then looked the stars, undress the wings and wallk by foots, it is the best way to gett good stars. Catching it in puddles reflex on the way our in an brightness eyes of some one, in a childre smile. And kepts in the heart, the only place that keeps them alive.

17 de jan. de 2009

Quem habita a tua cabeça? (dEsPoEsiA)

Bati à porta, era engano.
Volto, quase me pisam.
Mordia se pudesse...
Um sorriso por vez não diz nada....
Encolho os ombros e abro os olhos. Nada…
Uma dentada de nada, sabe a pouco.

Quem habita na tua cabeça?!
Quem mora lá?
Se fechares os olhos podes vê-los?... um… a um…
Quantos são?
São bons ou maus?!
O que estão a fazer?

- De que cor és por dentro?
Ele respondeu que era azul…
Azul! Humm... Azul pode ser uma cor não boa! como um Blue! Azul como? Azul escuro? Azul de mar tropical? Azul céu? Azul triste….
- Importas te de não fazer barulho!
- Hoje não estás funcional!
- Sinto muito!
- Sentir muita faz mal?!
- Ficas-se azul!

12 de jan. de 2009

Soupro Sépia

Então caminhou pela calçada, o frio entranhava-se no seu corpo até á alma, não conseguia pensar em mais nada, tudo á sua volta congelou e não havia tradução de qualquer destino ou plano. Naquela noite a lua era apenas um astro necessário á ordem natural das coisas, as nuvens apenas enunciavam que iria chover em dois ou trés dias e as ruas estavam vazias, surdas mudas.

A realidade tem muitas maneiras de se realizar, desta vez Deusa Responsabilidade tinha de fazer sentido, para Desejo isso não tenha nenhuma importância, mas que fazer no mundo Real, era assim a Lei e a Lei é necessária para manter coerência do Real.
Responsabilidade retirou o brilho ilusório dos delírios do desejo, soprando um vento sépia sobre o mundo e assim tudo se tornou na cor que deveria ter!

Lea acordou na manhã seguinte, a manhã era cinzenta e fria, decidiu aproveitar o dia para organizar a casa, para por as coisas no devido lugar, começou por organizar o roupeiro, escovou as histórias dos vestidos, trocou os quadros da parede, pós em destaque na estante os livros que iria ler nos próximos tempos, deitou fora papelada desnecessária, pintou as unhas de lilás, regou o seu feto e cuidou do seu longo cabelo encaracolado com óleo perfumado. Sentiu se feliz por se dar conta que não tinha gasto tanto tempo e sentou-se em frente ao seu computador.
Organizava pastas quando notou um gato miando do lado de fora da janela, tão insistentemente que ela abriu a janela e ele logo pulou para dentro de sua casa. O gato não parava de miar, até que Lea lhe ofereceu uma taça de leite e ele o começou a lambeu urgentemente, ela o observava de cócoras, lambendo tudo até á última gota, depois ruçou por ela o seu pêlo e saltou para o sofá e dormiu.
Lea achou piada ao gato e deixou o ficar. Era boa ideia ter um gato, alguém para cuidar, alguém que necessitava dela, poderia falar com ele tudo o que queria e decerto não seria interpretada ou pelo menos não teria maneira de saber o que o gato realmente pensaria dos seus desabafos.

O principie dos Sonhos estava deprimido, e o território, um dia que fora magnífico, transformara-se num lamaçal viscoso e das paredes do castelo brotavam monstros desfigurados que comiam tudo o que era belo.

Desejo voava sobre a cidade, divertindo-se, podia se tornar em qualquer coisa que deseja-se, e não havia limites para os seus devaneios. Tocou á campainha de Marco. Marco estava apaixonado por ela, a única coisa que faziam era trocar umas palavras superficiais de como tinha sido os seus dias e logo enrolavam seus corpos numa dança que só aparentemente parecia dançarem a mesma música.
Marco costumava perguntar se ela o amava, mas para Desejo, prazer e amor eram a mesma coisa, então ela lhe respondia com um sorriso divertido que sim atirando-se para cima dele e mais uma vez se entregavam às brincadeiras. Desejo nunca ficava em casa de Marco, partiria sempre.
Marco nunca sabia quando se voltariam a encontrar e nas noites de insónia escrevia poemas de amor eloquentes elogiando a sua Deusa.

Deuses e Humanos nunca podem ficar juntos para sempre! É mais que uma lei, é uma condição natural de existências distintas.

O casal Pereira estavam casados á 40 anos, ela só não era a alérgica a canja e a maçãs,
de resto fazia alergia a tudo, seu marido a tratava como uma menina, com palavras sempre doces e carinhosas. Ele por sua vez não era alérgico mas gostava especialmente de canja insossa e maçãs cozidas. Todos seus amigos e conhecidos eram brindados pelo casal com livros cuidadosamente escolhidos para o momento em que atravessavam em suas vidas. Havia sempre um livro diferente para todos os estados de alma das pessoas que encontravam.

Rosália de 60 anos, recém viúva, parece ter renascido depois da morte do marido. Que a deixou bem na vida. E como viúvas ricas não ficam solteiras, achou um companheiro muito mais novo, e passou a gostar de cozinhar e viajar.

Mafalda de 30 anos, boazona e trabalhadora independente deixou o namorado de longa data por ele não dormir abraçado a ela.
Enchia-se de doces e falava de comida, e quando partilhava suas receitas, descrevia-as ao pormenor, de quando deitar o alho no azeite. Afrimava ter o segredo para arroz solto (já agora: faz-se refugado ou não, coloca-se o arroz o doubro de água, sal, envolve-se tudo, põem-se a tampa deixando uma abertura para o vapor sair, e nunca mais se meche, quando a água evaporar toda, desliga-se o fogo e tapa-se com a tampa para acabar de cozinhar se for necessário!)

Também segurava todos os bebés que passavam por ela. Então arranjou um namorado professor primário e continuou a comer doces e a engordar alegremente.

David pagava a “artistas” para dormir com elas, e assim não se enamorava por nenhuma. Deixou de ter problemas com as histórias das meninas, que ele chamava de mimadas.
Claro que nunca conseguirá compreender as mulheres.

Valter assumiu a sua homossexualidade e deixou de tomar prozac.

O Príncipe dos Sonhos curtia a sua depressão, e enquanto isso o seu reino se transformava num lamaçal grotesco e assustador, onde o medo e a raiva cresciam das esperanças desiludidas.
E do seu peito saiu o Desespero, que lhe disse: Acorda!





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